"O legado que eu quero deixar para o futuro, é o da união. Eu espero que no futuro as pessoas sejam mais unidas, que entendam mais a família, os irmãos, os vizinhos... Eu acho que essa união é o que a gente precisa pra gerar paz em Juazeiro e no mundo", disse Maria Irismar Barros, de 67 anos, participante de evento pelos 80 anos da ONU. Para ela, o encontro, nessa manhã, no Centro de Referência do Idoso - CRI, foi um espaço de escuta e de aprendizagem, onde todos puderam compartilhar suas vivências e sentimentos em um clima de acolhimento e troca de experiências.
Naquele momento, o CRI recebia o lançamento das rodas de conversa e dos círculos de escuta compassiva com os participantes do Programa Brasil Alfabetizado (PBA), em Juazeiro do Norte. Com o tema "Que legado deixaremos para a próxima geração?", o encontro abriu, oficialmente, uma série de atividades que continuará acontecendo em todos os grupos do programa no município, reunindo alfabetizandos de diferentes idades e histórias de vida.
Na oportunidade, foram compartilhadas histórias marcantes sobre suas trajetórias e o significado de voltar a estudar. Muitos idosos se emocionaram ao relembrar experiências de vida e expressar o orgulho por estarem aprendendo em uma fase em que a educação se torna também um ato de coragem e esperança.
O gerente da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e gestor do PBA, Edival Dias, explicou que a proposta das rodas de conversa representa a parceria de Juazeiro do Norte com a ONU na defesa do ODS 4
- Educação de Qualidade, evidenciando que aprender é um direito permanente e um caminho para deixar um legado de conhecimento e solidariedade. Além disso, a ação reforça o papel da educação como um instrumento de transformação social, capaz de unir gerações e fortalecer o sentimento de pertencimento.
Encerrando o evento, Edival Dias reforçou a mensagem que guiou todo o encontro, dizendo que "a nossa provocação é mostrar que não existe idade para a aprendizagem, a transformação; a educação pode chegar a qualquer momento. Educar não é só nas letras e nos livros, educar é ensinar a perceber o mundo para gerar essa transformação de vida, enquanto pessoas e agentes responsáveis uns pelos outros. E assim, juntos, podemos fazer uma grande nação".
A atividade faz parte das comemorações pelos 80 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e integra o movimento #ONU80
- Nossa História, Nosso Futuro, que reúne iniciativas voltadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em Juazeiro, a proposta destacou especialmente o ODS 4 - Educação de Qualidade, que defende o acesso à educação inclusiva, equitativa e o aprendizado ao longo da vida. Mais do que ensinar a ler e escrever, o programa busca despertar consciência, pertencimento e responsabilidade social em cada participante.