Juazeiro do Norte foi apontada como o município com melhor gestão de recursos públicos da região do Cariri, segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2025, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O resultado reforça a cidade como referência em arrecadação própria, equilíbrio fiscal e transparência administrativa, em contraste com a maioria dos municípios cearenses que apresentam baixa autonomia financeira e forte dependência de transferências federais.
O estudo avalia os municípios a partir de quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. No Ceará, os resultados ficaram abaixo da média nacional em quase todos os aspectos, com exceção dos investimentos. Já Juazeiro do Norte, pela sua localização estratégica no Cariri, influência regional, polo comercial consolidado, riqueza cultural e força do turismo religioso, tem conseguido ampliar sua capacidade de arrecadação e manter as contas equilibradas.
De acordo com o secretário de Finanças do município, Leandro Saraiva, os números comprovam avanços importantes na gestão fiscal. Ele destacou o crescimento das receitas próprias, o controle rigoroso de gastos com pessoal, que caíram de quase 60% para 48,8%, ficando abaixo do limite prudencial de 51,3%, além do bom desempenho em liquidez, que atingiu o indicador máximo. O ponto de maior dificuldade é o investimento, limitado pela escassez de recursos externos como emendas parlamentares e transferências voluntárias.
"Esse resultado positivo é motivo de comemoração, mas também de alerta. A gestão municipal atual é comprometida com o processo de arrecadação e melhorias para o município. Mas precisamos lembrar da importância de em 2026, buscar eleger parlamentares comprometidos em trazer recursos para Juazeiro do Norte, para que possamos avançar ainda mais no índice FIRJAN", afirmou o secretário.
A análise da Firjan mostra que, enquanto muitos municípios enfrentam uma crise fiscal, Juazeiro do Norte vem se reinventando com planejamento e responsabilidade. O desafio agora é diversificar receitas, ampliar investimentos e consolidar-se como exemplo de gestão eficiente para o interior do Nordeste.